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Página:Alfarrabios.djvu/104

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lhe corria o suor pela testa abaixo, sem que tivesse conseguido soletrar duas palavras.

Extenuado, reconhecendo a impossibilidade de penetrar jamais o sentido daquele hieróglifo, assentou o rapaz dar de mão à empresa, e voltou-se para o tabelião na intenção de comunicar-lhe a resolução em que estava. Mas o Sebastião Pereira, de todo entregue ao desempenho do ofício, não dava fé, nem do que ia pelo cartório, nem mesmo da presença do Ivo, ali, a dois passos dele.

Ficou pois o rapaz com os olhos pregados no tabelião, acompanhando-lhe a pena que ringia sobre o papel e à espera da primeira pausa, para encartar a sua despedida. No mais atento de sua observação estremeceu de susto.

Na porta a que dava costas o tabelião, se abrira uma fresta por onde enfiou o olhar curioso de um cantinho apenas dos mais lindos olhos castanhos, que dar-se podem. Se não fosse a volta da testa de marfim que aparecia no batente da porta, o rapaz não se teria apercebido da aparição.

Esqueceu o Ivo tudo, o cartório onde estava, o tabelião e mais o seu gregotim, para espreitar aquele cantinho de olho que o espiava pela fresta