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Página:Alfarrabios.djvu/217

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— Das Ervas, disse o escrevente repetindo a deixa.

O tabelião deu tempo a fazer o cabeçalho da escritura. Marta morria-se de susto e vergonha, não atinando com o que vinha a ser aquela cerimônia. Tão peco não era o rapaz, que estremecia, mas de comoção e júbilo.

— E pela 1ª outorgante foi dito que de sua mui livre e espontânea vontade, sem a menor coação, e com o consentimento de seu pai e mãe, promete casar-se com o 2º outorgante na forma do Sagrado Concilio Tridentino, levando-lhe em dote o direito de sucessão deste oficio de tabelião e a quinta parte do que render o contado, em vida do atual serventuário, pai dela outorgante. Mas declara que é isto sob a condição de nunca mais trabalhar o dito 2º outorgante como artífice de pincel, ou cousa que se pareça, deixando para todo o sempre o baixo mister da pintura, e ocupando-se tão-somente do serviço do cartório, o que há de firmar sob juramento, e não o cumprindo, ficarão de nenhum efeito estes esponsais.

— Mas... ia recalcitrando o Ivo.

— Se quiser é assim. Pintor é casta que me não entra cá na família. Marta há de casar-se com um escrevente, para que eu tenha sucessor.