Página:Alfarrabios.djvu/218

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O Ivo coçou a orelha.

— Mas podia vossa mercê esperar pelo neto, que lhe havemos de dar.

— Arranje-se você lá com ele; eu cá preciso segurar-me, que já estou maduro.

Tinha o Ivo amor a seus pincéis e sonhava com a glória; mas os olhos pretos de Marta volviam para ele com um tão mavioso requebro.

— Decida! tornou o tabelião.

— Aceito.

— E pelo 2º outorgante foi dito que de sua parte aceitava e prometia sob juramento, et cetera, et cetera.— Menina, chama tua mãe para assinar.

Enquanto o escrevente punha o fecho da escritura, o Sebastião Ferreira fez o Ivo jurar sobre um missal a condição a que ficava sujeito para obter a mão de Marta.

Concluída a cerimônia, voltou-se o tabelião para os dois noivos:

— Agora podem-se beijar, na conformidade da lei.

Mas esse beijo ob veniam paternam e como sanção do contrato esponsalício, era desenxabido e não tinha o sainete daquele que o velho tio desastradamente perturbara. O Ivo pousou ao de