em seu coração e aí crescera até que de todo o absorveu.
Um mês não era passado, que apareceram franceses na costa e com tamanha audácia que por vezes investiram a barra, chegando até a ilhota da Laje, apesar do Forte de São João na Praia Vermelha.
Aires de Lucena, que em outra ocasião fora dos primeiros a sair contra o inimigo, desta vez mostrou-se tíbio e indiferente.
Enquanto outros navios se aprestavam para o combate, a escuna Maria da Glória se embalava tranquilamente nas águas da baía, desamparada pelo comandante, que a maruja inquieta esperava debalde, desde o primeiro rebate.
Uma cadeia oculta prendia Aires à terra, mas sobretudo à casa onde morava Maria da Glória, a quem ele ia ver todos os dias, pesando-lhe que o não pudesse a cada instante.
Para calar a voz da pátria, que às vezes bradava-lhe na consciência, consigo encarecia a necessidade de ficar para a defensão da cidade, no caso de algum assalto, sobretudo quando saía a perseguir os corsários, o melhor de sua gente de armas.
Sucedeu porém que Antônio de Caminha,