a escuna, que de âncora a pique balouçava-se sobre as ondas, prestes a fazer-se de vela, o velho marujo soltava um suspiro ruidoso.
Depois voltava-se para a Ladeira da Misericórdia, como se contasse ver chegar desse lado alguma pessoa, por quem estivesse esperando.
Não se passou muito, que não apontasse no alto da subida, um préstito numeroso, o qual seguiu direito à portaria da Matriz.
Vinha no centro Maria da Glória, vestida de noiva, e cercada por um bando de virgens, todas de palma e capela, que iam levar ao altar a sua companheira.
Seguiam-se Úrsula, as madrinhas e outras damas convidadas para a boda, a qual era sem dúvida das de maior estrondo que se tinham celebrado até então na cidade de São Sebastião.
Aires de Lucena assim o determinara, e de seu bolso concorreu com o cabedal necessário para a maior pompa da cerimônia.
Logo após as damas, caminhava o noivo, Antônio de Caminha, entre os dois padrinhos, e no meio de grande cortejo de convidados, dirigido por Duarte de Morais e Aires de Lucena.
Ao entrar a portada da igreja, Aires destacou-