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8 de março

 

Vi-te pela ultima vez.

A terra abriu-se para roubar-te aos meus braços.

Se não me tivessem arrancado!... Eu dormiria em teu seio o ultimo somno, como dormi o primeiro, feliz e tranquillo.

Este annel de cabellos é tudo que me resta de ti. Mas tu vives em minha alma.

Eu te sinto em mim. Fallo-te; me respondes.


9 de março

 

Que profunda é a solidão desta casa depois que tu não a habitas comigo!

Parece-me um tumulo.

Na sepultura em que descanças na igreja de S. Pedro Gonçalves, não sentes nem o peso da terra, nem o prurido dos vermes. Tua alma branca e pura, gosa no seio do Creador.