razão clara e lucida, um poder de critica muito notavel, elle é justamente o orador moderno tal como os auditorios d'hoje teem o direito de exigir...
O orador que impressiona mas que persuade, que tem o brilho e a côr, a illuminação e o prestigio, mas que tem tambem o facto, o documento, a demonstracção scientifica, a comprehensão positiva das cousas.
Essa eloquencia que tão poucos teem sabido comprehender, essa eloquencia que os ignorantes desdenham, e que os mediocres teem em pouca conta, encontrou na critica indigena as interpretações mais diversas e mais extraordinarias.
Precedido d'uma celebridade cujas exigencias elle soube completamente realisar, Antonio Candido, apparecendo em S. Bento fez um d'aquelles seus discursos magistraes em que as bellas e largas syntheses brilham como constellações, n'um fundo azul de arte pura e de belleza a um tempo moderna e classica.