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LEWIS CARROLL
Alice continuava a cair, cair, cair. Não podia fazer outra coisa senão cair. Para matar o tempo, começou a pensar na sua gatinha Diná. “Coitada! Creio que Diná vai estranhar muito a minha ausência esta noite. Bom será que não se esqueçam de lhe dar o seu pires de leite, à hora do chá. Minha cara Diná, eu só queria ver você aqui neste buraco para caçar uns morcegos. Sim, porque estou caindo no ar e no ar não há rato, há morcegos, que são ratos de asas. Mas será que gato come morcêgo?”
Alice começou a sentir uma certa sonolência e nesse estado o pensamento fica preguiçoso. Entrou a repetir muitas vezes a mesma frase: “Gato come morcêgo?” As vêzes repetia errado: “Morcêgo come gato?” E como não obtivesse resposta continuava a repetir