— As três irmãs aprenderam a tirar do poço muitas coisas — tôdas as coisas que começam por M...
— Por que M? interrompeu Alice.
— E por que não M? interveio a Lebre.
Alice calou-se. O Rato do Campo tinha fechado os olhos e ia adormecendo, mas o Chapeleiro deu-lhe um forte beliscão e fê-lo continuar.
— ... que começavam por M, tais como: melancia, melão, marmelada, memória, e muita-coisa. Já viu um pedaço de muita-coisa?
Alice estava tão atrapalhada com a trapalhada que respondeu:
— Não sei.
— Nesse caso, cale a bôca, advertiu o Chapeleiro.
Não podendo por mais tempo suportar tanta maluquice e grosseria, a menina levantou-se e foi-se embora. O Rato do Campo aproveitou o incidente para adormecer de novo e os outros nem deram pela sua saída, embora Alice olhasse para trás duas ou três vêzes, com esperança de que a chamassem. Da última vez que olhou viu que os dois malucos tentavam enfiar o Rato do Campo dentro do bule de chá.
“Nunca mais me pilham!” ia Alice dizendo pelo caminho, o qual atravessava a floresta. De repente parou diante de uma árvore que tinha uma porta.
“É curioso isto de árvore com porta!” pensou ela.
Mas que é que não é curioso nesta estranha terra? E tratou de ir entrando.
Com surprêsa, achou-se de novo na sala grande do comêço dêste livro, perto da mesinha de vidro.