XI
— «O que tens, Bella, estás doente? — perguntava a viscondessa carinhosamente, passando o braço pela cinta da amiga e levando-a para fóra da clareira onde os criados preparavam a meza para o jantar.
— «Porque perguntas isso?
— «Porque ha dias que te vejo entristecida, silenciosa, tão mudada que nem já me pareces a minha Bellasinha, a alegria de nós todos!
— «Todos!... — e suspirou fundamente.
— «Todos, sim; temos duvidas de menina romantica? Mas o que sentes?
— «Nem eu sei. Creio que estou na mesma; não sinto nada, não me doe nada.
— «Naturalmente foi o sol da Senhora do Monte que te fez mal... — disse-lhe ainda a viscondessa, sorrindo com uma pontinha de amigavel malicia.
— «Não me fez mal nenhum; e porque havia de fazer? Estou habituada a sahir com todo o tempo. Não tenho nada, sinto-me bôa... Pois tu não vês que estou na mesma?... — e olhava para a amiga, tentando convencê-la, appellando