— Em Coimbra?... E fazem tanta bulha por isso!
— Não foi em Coimbra, foi em Vizeu — tornou D. Rita.
— A senhora manga comigo?! Pois o rapaz está em Coimbra, e mata em Vizeu! Ahi está um caso para que as ordenações do reino não providenciaram.
— Parece que brinca, Menezes! Seu filho matou na madrugada de hoje Balthazar Coutinho, sobrinho do Thadeu de Albuquerque.
Domingos Botelho mudou inteiramente de aspecto.
— Foi prêso? — perguntou o corregedor.
— Está em casa do juiz de fóra.
— Mande-me chamar o meirinho geral. Sabe como foi e porque foi essa morte?!... Mande-me chamar o meirinho, sem demora.
— Porque se não veste o senhor, e vai a casa do juiz?
— Que vou eu fazer a casa do juiz?
— Saber de seu filho como isto foi.
— Eu não sou pae: sou corregedor. Não me incumbe a mim interrogal-o, Senhora D. Rita, eu não quero ouvir choradeiras; diga ás meninas que se calem, ou que vão chorar no quintal.
O meirinho chamado relatou miudamente o que sabia, e disse ter-se verificado que o amor á filha do Albuquerque fôra causa d’aquelle desastre.
Domingos Botelho, ouvida a historia, disse ao meirinho: