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— Está bom, Marianna... Não ha desgraçado sem amparo. Vá, pense no seu hospede, seja o seu anjo de misericordia.

Saltaram de novo as lagrimas dos olhos da moça; e por entre soluços, estas palavras:

— Tenha paciencia. Não ha de morrer ao desamparo. Faça de conta que lhe appareceu hoje uma irmã.

E, dizendo, tirou das amplas algibeiras um embrulho de biscoutos e uma garrafa de licor de canella, que depôz sobre a cadeira.

— Mau almoço é; mas não achei outra coisa prompta — disse ella, e sahiu apressada, como para poupar ao infeliz palavras de gratidão.