morrerias. A minha imagem, em vez de te acenar com a sua palma de martyrio, te seria um fantasma levantado das táboas d’um cadafalso.
Que morte a tua, ó minha santa amiga!»
E proseguiu até ao momento em que João da Cruz, com ordem do intendente geral da policia, entrou no quarto.
— Aqui! — exclamou Simão, abraçando-o — E Marianna? deixou-a sósinha?! morta, talvez?!
— Nem sósinha, nem morta, fidalgo! O diabo nem sempre está atraz da porta... Marianna voltou ao seu juizo.
— Falla a verdade, senhor João?
— Podéra mentir!... Aquillo foi coisa de bruxaria em quanto a mim... Sangrias, sedenhos, agua fria na cabeça, e exorcismos do missionario, não lhe digo nada, a rapariga está escorreita, e assim que tiver um todonada de forças bota-se ao caminho.
— Bemdito seja Deus! — exclamou Simão.
— Amen — accrescentou o ferrador — Então que arranjo é este de casa? Que breca de tarimba é esta?! Quer-se aqui uma cama de gente, e alguma coisa em que um christão se possa sentar.
— Isto assim está excellente.
— Bem vejo... E de barriga? como vamos nós de barriga?
— Ainda tenho dinheiro, meu amigo.