livre... para a morte... Senhor commandante — continuou elie energicamente — eu não me suicido. Póde deixar-me.
— Peço-lhe que se recolha á camara. O seu beliche está ao pé do meu.
— É obrigatorio recolher-me?
— Para v. s.^a não ha obrigações; ha rogos: peço-lh’o não mando.
— Vou, e agradeço a compaixão.
Marianna seguiu-o com aquelle olhar quebrado e mavioso do jáo, quando o poeta desembarcava, segundo a ideia apaixonada do cantor de Camões.
Encarou n’ella Simão, e disse ao commandante:
— E esta infeliz?
— Que o siga... — respondeu o compassivo homem do mar, que cria em Deus.
Simão recolheu-se ao beliche, e o commandante sentou-se em frente d’elle, e Marianna ficou no escuro da camera a chorar.
— Falle, senhor Simão! — disse o commandante — desafogue e chore.
— Chorei, senhor!
— Eu não tinha imaginado uma angustia igual á sua. A invenção humana não creou ainda um quadro tão atroz. Arripiam-se-me os cabellos, e tenho visto espectaculos horriveis na terra e no mar.
Acintemente, o commandante estava provocando Simão