ro bruto de féra que quer viver, despedaçando tudo quanto lhe embaraça os movimentos e lhe pêa a satisfação das suas necessidades materiaes.
Sentimentos, afectos, inteligencia, tudo se obscurece e oblitéra perante as exigencias materiais da vida, que a sociedade, á força de querer melhorar, transformou em lucta sangrenta em que sucumbe a maior parte.
— «É preciso castigar — dizem ainda os moralistas, na velha teoria inquisitorial e barbara — é preciso dar o exemplo, atemorisar...
Mas, para quê, perguntâmos?!... Se o acto criminoso depende da tára fisiologica que dispõe determinada criatura á loucura do crime, como tornar um doente responsavel pelo seu mal?
Se o delicto fôr determinado ocasionalmente, pelas condições especiais da existencia, o mal tem remedio, e deve remediar-se, acabando com os factores que concorrem na sociedade para que tantas desgraçadas sofram o que essas pobres estão sofrendo agora.
Conheci uma criatura que, estando a servir, lançou um filho recemnascido numa cloaca,