Rio 10 de dezembro
Farewell! Farewell!... Adeus à corte, aos bailes, aos teatros! Adeus às belas noites do Rio de Janeiro; aos seus magníficos salões, aos seus brilhantes saraus!Até à volta! Chegou a época das viagens; é preciso partir.
A cidade vai ficando tão monótona e tão insípida, que já não há prazer em andar por aí a arruar, vendo sempre as mesmas ruas e as mesmas casas, algumas tristes e abandonadas, entregues ao gênio protetor dos lares domésticos.
A caminho, pois, meu amável leitor. Tomai o vosso bordão de tourista, o vosso saco de viagem, o vosso álbum de recordações; esquecei por alguns dias os negócios, esquecei as obrigações, esquecei tudo e segui-me. Viajaremos de companhia, iremos juntos procurar além novas impressões, outros cuidados.
Onde iremos? A Cantagalo, à Santa Cruz, à Nova Friburgo, ao Morro Queimado, a esses lugares onde o clima é doce e saudável, onde as águas são puras e cristalinas? Nada; vamos a Petrópolis, a terra das flores, a terra dos amores-perfeitos; vamos percorrer a Alemanha como sobre uma carta geográfica; vamos ver os nevoeiros da serra, os despenhadeiros das montanhas, e finalmente aquelas graciosas