Vencerão das paixões o insano embate?
Sucumbirão na luta do egoísmo?
As crenças, a virtude, o sentimento,
Quem lhes há de inspirar
Não te peço, meu Deus, mesquinhos gozos
Deste mundo ilusório; mas suplico
Tempo de vida, quanto baste apenas
Para educar meus filhos.
É curto o prazo; dai-me embora ao fel
Dos sofrimentos; sorverei contente.
Lúcida a mente, macerai-me as carnes
Estortegai meu corpo.
E após, tranqüilo, volverei ao seio
Da eternidade. A fímbria do teu manto,
Face em terra, beijando, o meu destino
Ouvirei de teus lábios.
Andaraí, 1855.".
Voltemos a página, e passemos dos dramas verdadeiros e reais aos dramas escritos, às cenas do teatro.
O Ginásio deu a sua terceira representação, na qual estreou uma espirituosa menina, que tem um belo talento e as melhores disposições para a cena. Em algumas ocasiões especialmente representou com tanta inteligência, com tanta graça, que arrancou aplausos gerais.
A companhia vai perfeitamente, tanto quanto é possível aos modestos recursos de que dispõe. É conhecida geralmente a falta que temos de bons atores; e por isso não há remédio senão ir criando novos. O Ginásio por ora é apenas uma escola; mas uma escola que promete bons artistas.
A sala é pequena; entretanto a circunspeção que reina sempre nos espectadores, a lotação exata das cadeiras e gerais, a regularidade da representação, fazem que se passe uma