empregado, um cidadão honesto, um amigo leal, e um excelente pai de família.
Não há muito tempo, numa carta que nos dirigiu, ofereceu-nos uma poesia feita nas suas noites de insônia e de padecimento. Mal sabíamos nós, ao ler estes versos tão simples e tão repassados de mágoa e de sentimento, que ouvíamos o canto do cisne.
Aqui os copio com o trecho da carta. Os seus amigos, aqueles que o estimavam, ouvirão ainda uma vez as suas palavras.
"Adeus!
"Bem quisera terminar mandando-lhe alguma flor mimosa colhida como por encanto no meio das vastas e monótonas Campinas deste meu prosaico retiro. Mas apenas deparo com os ramos fúnebres do cipreste.
"Leia, pois, no meio das esperanças que lhe sorriem, esses tristes versos do desengano; e receba no grito do moribundo uma lembrança indelével do amigo.
"É a minha oração da manhã.
Domine, exaudi orationem meam!
Morrer tão moço ainda! Quando apenas
Começava a pagar à pátria amada
Um escasso tributo, que devia
A seus doces extremos!
Morrer tendo no peito tanta vida,
Tanta idéia na mente, tanto sonho,
Tanto afã de servi-la, caminhando
Ao futuro com ela
Se ao menos de meus filhos eu pudesse,
Educados por mim, legar-lhe o esforço...
Mas ah! que os deixo tenras florezinhas
À mercê dos tufões