de ver comer uma bela mulher: é esse caso especialíssimo que eu digo que o homem que é capaz de conservar as suas ilusões tem uma imaginação que eu respeito.
Voltemos à regata.
À noite improvisou-se um sarau nos salões do Sr. Leite, e todas as pessoas que se achavam na reunião da sociedade foram convidadas e instadas para subirem.
Havia moças, música e flores, esta trindade mística do prazer, e por conseguinte a festa foi soberba; completou-a a afabilidade dos hóspedes e a amabilidade com que todos eram recebidos.
Dançou-se, conversou-se, brincou-se, e às onze horas cada um retirou-se com a alma cheia das agradáveis impressões do dia.
Eu fui ler umas páginas de romance escritas na Revista dos Dois Mundos de 1º de março por...
Adivinhem por quem, senhores ministros presentes e futuros?
Por Guizot.
O grande estadista, o político profundo ainda se julga feliz em poder, depois dos reveses da fortuna, voltar à imprensa e entreter-se com a sua pena a traçar algumas cenas dramáticas e uma história simples do coração humano.
Entretanto no nosso país se diz que a imprensa é venal e corrompida, e se trata de desacreditar essa força civilizadora da sociedade.
Mas que importa?
Porque o homem num momento de humor se revolta contra a chuva, e desespera de apanhar sol, nem por isso os outros deixam de continuar o seu giro, e as estações de seguirem o seu curso regular.
Assim é a imprensa.
Obscura invenção de Gutenberg, simples maquinismo para escrever algumas palavras com pequenas formas de pau, cresceu, desenvolveu-se, foi-se estendendo por toda terra, e hoje está destinada a dominar o mundo, como a maior criação do homem.