rolando pelo chão, e um justador desmontado, tendo a seus pés o escudo que lhe saltara do braço.
Inesita conseguiu abafar o grito de prazer, que expirou nos lábios e perdeu-se na ruidosa aclamação do povo saudando o vencedor.
O cavaleiro desmontado era D. Fernando de Ataíde; de cabeça baixa e desfigurado, o moço corria-se de vergonha diante dos olhares da multidão; a custo ergueu o escudo que deixara cair, cavalgou de novo, e foi colocar-se à direita de sua quadrilha.
Uma tremenda surriada o acompanhou durante o curto trajeto.
O pajenzito vendo por terra D. Fernando, voltara-se para o telhado, e sem que o percebessem, introduzira na boca dois dedos, fazendo o gesto de assobiar. Martim compreendeu e transmitiu a senha aos sócios; imediatamente a vaia estrugiu pelos ares.
— Caiu!...
— Fiau, fiau, fiau!
Do outro lado da liça Estácio apertava sorrindo a mão de Cristóvão; laivos do nobre orgulho, que é reflexo das almas superiores, brilhavam no semblante do moço, a quem