para Vaz Caminha que feria as teclas com a mesma gravidade que teria, se estivesse consultando um texto do Corpus Juris ou arrazoando um agravo para a Casa da Suplicação.
— Que dizeis deste solo, senhor licenciado? É solfa deste vosso servo.
— Optime! respondeu o letrado cortesmente.
Era a vigésima vez que o bom do Bartolomeu cantava aquele trecho e terminava pela pergunta referida, à qual o advogado com a regularidade dos homens sisudos e pensadores respondia pelo mesmo advérbio.
A ponto que isto passava no coro, e a missa cantada prosseguia, muitos sentimentos diversos e bem estranhos à cerimônia sagrada agitavam os atores principais da cena.
D. Diogo de Menezes vendo a cadeira do provincial dos jesuítas vaga, sorrira de um modo significativo; compreendera que a ausência não motivada, no dia em que celebravam a sua chegada, era um primeiro manifesto de guerra que lhe lançavam os aliados do Bispo D. Constantino.
Embora fosse toda mental e íntima a reflexão, o fidalgo ergueu a cabeça com expressão de energia, como se aceitasse o desafio e se preparasse para a