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Página:As Minas de Prata (Volume II).djvu/164

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produzido pela sua pergunta, reatava o fio à narração interrompida.

— Mas isso não nos interessa agora. Dizia V. Paternidade?...

— Que D. Luísa de Paiva é descendente de uma família de judeus; e pois, embora sua fé seja robustíssima, remorde-lhe aquela mácula. Estou que seu zelo bem aconselhado não duvidará remir a culpa, fazendo esmola de todos seus cabedais a uma casa de oração que possa bem empregá-los no esplendor do culto divino.

— Se não me engano, ouvi que tinha uma filha?

— Não se engana V. Reverência, não, respondeu o P. Figueira sorrindo; tem uma filha; porém essa menina, se já não sente, é natural que venha a sentir breve, irresistível vocação para o claustro; e então...

— Compreendo! A mãe poderá dispor livremente de seus haveres.

— E satisfazer as pias intenções da sua alma devota.

— Nenhum destes auxílios é para desprezar-se, replicou o P. Molina; mas não são de pronto resultado;