Cachopa de Matoim,
Dá-me praça em teu cuidado
Por capa a fralda cetim,
De soldo um riso lavado,
Cachopa de Matoim.
O leitor curioso de conhecer a crônica de Santo Antônio de Argoim, a quem deu El-Rei em prêmio de seus bons serviços praça de soldado raso na Fortaleza da Barra e o soldo correspondente, pode ler as memórias do tempo; basta-lhe saber para melhor inteligência desta história, que Santo Antônio de Argoim era então o santo mais milagroso da Bahia, como tal celebrado nas cantigas do popular; e bem assim que as cachopinhas da ribeira de Matoim traziam de canto chorado os seus adoradores.
Cristóvão tinha, antes que terminasse a segunda copla, levado as mãos à boca; e soltara pela expulsão do ar comprimido um desses assobios longos e agudíssimos, como se ouvem nas assuadas da plebe. Havia porém uma modulação especial no aviso do cavalheiro; depois do sibilo vivo e prolongado que subiu ao último tom da gama, sentiu-se como um tremulho de aspiração, e por fim o pizicato de três notas soltas e destacadas.