— Que outra podia ser? Querem-me para capitão de mato. Não te parece um bom mister para mim que não tenho outro, e a falar verdade para nenhum presto?
— É muito bom, João; e mais tu que tanto gostas de viver no mato. Bem escolheste.
— Como tu, Mariquinhas.
A torvação dos espíritos, mais do que a escuridade da noite, os cegava a ambos, de modo que não se apercebiam do que passava no outro, tão ocupados estavam de si. E entretanto a voz de João enrouquecera; a fala de Mariquinhas tremia com os soluços. Depois de breve pausa a moça tornou:
— Então é esta madrugada, João?
— Se Deus não mandar o contrário. E tu, quando te casas?
— Breve, breve, mas não tanto como esperei!
— Adeus. Fica-te na paz do Senhor e felicidade que eu sempre te roguei, Mariquinhas.
— Adeus, João. Os anjos te acompanhem, e Nosso Senhor te leve e traga a salvamento.
João abalara bruscamente às últimas palavras; e Mariquinhas caiu de joelhos por trás da moita onde escondera a pequena trouxa. Nenhum viu o pranto que lavava o rosto do outro; nenhum