contra aqueles que o atacavam; mantendo assim imóvel, ou pelo receio de ser ferida ou pelo receio de ferir a rapariga, a multidão que o cercava.
Apesar disto, porém, tinha em frente um competidor que não lhe deixava um momento de repouso.
Era homem ainda moço, de pequena estatura, mas de uma construção vigorosa; tinha pescoço de touro, ombros largos e quadrados como o plinto de uma coluna, braços curtos e grossos, quase sem formas, terminando em duas manoplas formidáveis, cujo peso bastaria para vergar o infeliz sobre quem se abatessem.
Vestia escarlata grosseira; na cinta de couro branco que apertava o pelote ao corpo, via-se um largo manchil de carniceiro, que indicava a sua profissão de magarefe ou cortador de reses nos açougues.
Desprezando aquela arma temível e servindo-se dos braços nus, parecia cuidar unicamente de arrancar das mãos do seu adversário a rapariga, que se debatia já quase a desfalecer. Insensível às feridas que rasgavam-lhe o ombro e o pescoço, indiferente ao sangue que lhe escorria pelas