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Página:As Minas de Prata (Volume II).djvu/72

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— Estás ferida? perguntou Estácio.

— De ferro não, que antes o fora que da fama. Que não dirão de mim?

— Sossega, Joaninha, acudiu Cristóvão, mal não pode vir a quem mal não obrou.

— Sabes o que deves fazer? disse Estácio para a rapariga.

— Agora mo direis, senhor cavalheiro, respondeu ela fazendo uma mesura graciosa.

— Pois que esta noite tens foros de princesa, escolhe destes dois paladinos teus, cujo queres ser a dama dos pensamentos.

— Justo! exclamou Cristóvão. É o meio de terminar a contenda. Qual preferes?

— Nenhum, disse a alfeloeira com desdém.

— Queres mostrar esquivança que não sentes; fala.

— Quem eu escolheria, talvez me não quisesse a mim, ou me não soubesse querer, murmurou Joaninha com uma sombra de melancolia. Mais val que ninguém o saiba.

— E se eu te disser que sei? tornou Cristóvão.

— Voto a Deus que não!

— Não será este mariola que te defendia contra o outro,