— Não sei!...
A bruxa resmungou a rir:
— Fortuna de quem empresta às damas caridosas!...
Estácio lembrou-se de repente da dama velada.
— Ah! agora entendo! Vem, que te contarei...
— Empresta-me primeiro uma moeda para dar a esta pobre. Aí tendes, mulher; rogai pela ventura de uma boa e santa amizade!
— Rogarei, bom cavalheiro!
E sumiu-se.
Ouvindo o nome de Gil, Joaninha que ligava as feridas de Tiburcino, voltou o rosto; seu olhar afetuoso envolveu o menino. Depois, quando os cavalheiros se afastaram, disse-lhe sorrindo:
— Adeus, Gil; não me falas?
— Deus te dê boa-noite, Joaninha; à fé que te não tinha visto.
— Vem cá, onde vais?
— Vou meu caminho, respondeu o menino tomando a direção em que ia o licenciado.
A alfeloeira acabou de curar o magarefe. Este durante todo aquele tempo não proferira uma palavra, tão absorto ficara em devorar com os olhos as formas sedutoras da moça. Estava como embriagado; temia que sua voz quebrasse o encanto,