— E o frade?
— O frade... Só se o não encontrar neste mundo, ou mesmo no outro. Ele mo pagará. O pícaro! Roubar-me o que tinha de ser meu, e com que sem-cerimônia!...
— Pois deixai que vos diga, replicou o rapaz, que mais perdi eu, senhor capitão.
— Calai-vos daí, rapaz, mais do que as maravilhosas minas de prata?
— Qual!... Se era possível, Anselmo? Vede bem!
— E se vos eu disser que estive no caminho da cidade encantada, onde as ruas são calçadas de prata e as casas de ouro?...
— Ah! então!...
— Como! Se ainda ninguém a achou?
— Menos aquele que deu a notícia dela.
— Esse, morto é.
— Morto será, que isso nada faz ao caso, se deixou a rota escrita, para lá ir quem a tiver, tornou o Anselmo.
— E esse escrito onde para?
— Sei-o eu?...
— Fazeis segredo disso?...
— Tanto não faço que vou-me a Madrid queixar-me a El-Rei de quem à força me privou do que