Ai dor!... De tão enlevada que a tinham os ledos pensamentos, se esquecera de si, e começou não de pensamento, senão de verdade, a estalar nos dedos as sonhadas castanholas. Eis que as agulhas resvalando pelo regaço, saltaram do terrado e foram cair no rio. Com elas se afundaram também as ingênuas alegrias de tão meigas cismas.
Dulcita enfiou de aflição.
Como poria ela agora remate ao seu lindo véu? E sem o seu lindo véu, tão malfadado, como ousaria ela, mofina e desconsolada, aparecer na festa entre as outras majas tão aprimoradas no traje?
Vão-se-lhe os olhos magoados pela correnteza das águas e com eles as lágrimas a desfiar pelas faces como orvalho da noite rorejando as pálidas boninas que o sol desbotou.
Quem vos dera, sonhado mancebo e gentil príncipe, serdes ali presente para enxugar o dorido pranto e remir com todo o vosso puro sangue castelhano uma só daquelas raras pérolas de Ceilão!
Embebida em seus enlevos, a sonhar da festa, não vira Dulcita aproximar-se da beira do rio,