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Página:As Minas de Prata (Volume III).djvu/193

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A mulatinha hesitou antes de suspirar estas palavras:

— Os teus, Gil!

— Sai-te daí. Cuidas que estou para chascos hoje! Bem te enganas.

— Também eu não estou para palras e contos, que tenho mais em que cuidar! respondeu a mulatinha despeitada.

Nesse tempo soou perto um passo lento e pesado como bater de pilão. Joaninha estremeceu, e correndo ao pajem de um ímpeto, o empurrou até à cozinha.

— Não te mexas daí, Gil!

— Por que então?

Apenas teve ela tempo de fechar a porta, que do lado oposto, à boca da vereda cortada no matagal, apareceu o vulto de Tiburcino, o carniceiro. Vinha, como na véspera o deixara a alfeloeira, sinistro e carregado; mas a grande fúria estava agora como abafada por uma crosta espessa de tristura, que afulava a fisionomia taurina. Achegou-se do terreiro, volvendo a um e outro lado esgares torvos; e foi parar em face da rapariga, cravando nela os dois olhos de crocodilo.

Esta voltara à sua lida e continuava como se ninguém