o corpo esbelto, e em toda sua pessoa a arrogância castelhana, que perfumavam ares de muita graça e gentileza.
Dulcita lembrou-se do seu majo e sorriu:
— Se você me dá minhas agulhas, para acabar minha mantilha, para compor meu trajo, para me ir à festa da maia, para dançar a cachucha... Que lhe darei eu?
— Sim, que me dará você?
— Darei... Darei que seja meu cavalheiro!
E dizendo isto, sorriu ainda. Ela sabia, a vaidosa, pesar da ingênua inocência, que essa palavra abria o céu ao feliz mortal que a recebesse. Como não ficou quando viu que o rapazito, em vez de cair de joelhos a seus pés e render-lhe mil vidas, abanava a cabeça com mostras de indiferente!
— Serei seu cavalheiro, sim. Pero não basta! disse o moço.
Dulcita inclinou a fronte melancólica, murmurando:
— Que mais posso eu dar?
— Veja a menina, respondeu o rapazito.
Novo raio de luz, desta vez aceso em rubor, cintilou no rosto da andaluzita: