— Qual nome tinha esse? perguntou Inesita.
— Tinha nome Fer... Não!... D. Cisnando!... D. Cisnando!
Inesita não pôde reprimir o sorriso. Agora escutava ela com sofreguidão a história dos confeitos encantados; pressentiu que sob o disfarce desse conto havia alguma coisa que lhe dizia respeito, a ela e a Estácio também; seu olhar impaciente crivava a mulatinha para apressar o desenlace. Mas esta que tinha de satisfazer a curiosidade da velha e ao mesmo tempo de adormecer a desconfiança das escravas enredeiras, com um gesto imperceptível acenou à menina que esperasse.
—Maldizia-se Flor de Beleza de sua desdita e do mau fado, que lhe pusera ante os olhos aquele gentil cavalheiro do mirante, só para seu maior mal, pois se o não vira e nesse ver não lhe fosse o coração cativo, não sentira agora tão cruel a sorte que a entregava a outro. “Mofina de mim!... Meus olhos vão ser duas fontes; minha boca uma gruta erma; meu peito uma urna de saudades”. No meio destas lástimas tão sentidas, e quando já o juiz do campo guiava o vencedor pela escadaria aos joelhos de El-Rei, de