— Que vem a dizer? Eu te sirvo... Sangre de Cristo! Estás varrido, pirralho?
— Escute sempre, homem! Ando eu à procura de um cavalheiro; pois não há pajem sem seu cavalheiro, e eu me quero pajem. Você é valente; digo-lhe eu que me serve!
D. Aníbal soltou uma gargalhada homérica.
— Caramba!... Sempre hei ouvido, que são os pajens os que servem aos amos!
— Alguma vez vai o mundo às avessas, cavalheiro!
— É picante o caso! Quanto ganharei eu por ser teu cavalheiro, pois que sou eu quem te servirei?
— Ganhará você a fortuna de me ter por seu pajem, e por cima o gosto de me trazer bem vestido e acontiado!...
— Não queres também uma bolsa recheada de duros, bargante?
— Dinheiro!... Não é isso que me come, mas a fama!
O cavalheiro soltou segunda gargalhada:
— Vejam só, uma formiga de catarro!
— Capitão D. Aníbal Aquiles de La Fuerte Espada!... exclamou o menino com modos de