vingava-se caricaturando-o a carvão pelos muros da cidade. O mesmo fazia com todos os que lhe caíam no desagrado, fossem de qualquer categoria.
Um belo dia, em que ele escapulira da oficina em virtude de um forte repelão, desabafava conforme o costume a sua zanga pelas paredes. Nisso parou juntou um cavalheiro de 50 anos, na aparência homem de guerra, e bem maltratado dela:
— Que fazes tu aí, muchacho?
— Não tem olhos você, cavalheiro, para ver? Estou pintando; é bem claro!
— Bem vejo que estás borrando essa parede; porém te pergunto eu que pretendes tu que sejam estas figuras de animais com rosto de gente!
O menino encarou com o cavalheiro:
— Este gato é meu mestre, o grande Pacheco, quando lhe chegam a mostarda ao nariz; crescem-lhe as unhas, e bufa como se ficara espritado. Este ratinho que zomba do gato e lhe rói os bigodes, aqui o tem você em pessoa diante de si.
— És tu, maroto?