A niña quer muito casar comigo e eu para não desgostá-la, consinto!
— É isso mesmo! exclamou a menina batendo as mãos de contente.
— Então o moço faz à minha filha um favor casando com ela?
— Porém, sim; um grande favor.
— Um favor só!... acudiu Dulce. É a minha felicidade que ele fará.
— Quem é você, D. Vilarzito? perguntou o campônio.
— Sou D. Vilarzito.
— Pergunto que profissão tem.
— Nenhuma: isto é, todas as que eu quiser. Comecei por ser aguador, para servir às damas. Fui pajem, escudeiro, pintor, estudante e poeta, não por necessidade, mas por gosto. Ultimamente dei a um certo almocreve a honra de viajar em sua companhia; porque um homem deve conhecer mundo.
— Mas afinal o que é hoje o moço?
— Hoje sou aquele, atenda bem, que está para ser, ouça, o mais famoso e rico homem de todas as Espanhas.