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Página:As Minas de Prata (Volume III).djvu/65

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As duas velhas assombradas, de boca aberta, cobraram a fala afinal:

— É o Tinhoso, padrona! murmurou a servente fazendo cruzes no ar.

— Não te dizia eu que a niña estava espritada? Abrenúncio!...

O granjeiro disse para Dulce:

— Teu galante, filha, está varrido do juízo.

— Mas o coração é bom, pai!

— Não basta.

E voltou-se para o rapaz:

— Pois D. Vilarzito, vá você descobrir o seu mundo, e quando lhe apontar a barba no queixo e os reais na bolsa, volte.

— Homens desta massa, redarguiu o muchacho, não voltam nunca, avançam sempre. Saúdo a você e a demais companhia.

D. Vilarzito saiu como entrara, senhor de si, calmo e soberbo.

Dulcita seguiu-o com os olhos rasos de lágrimas; quando o rapaz transpôs o lumiar, o seio estalou com os soluços que borbotavam. O pai a consolou com a promessa de melhor noivo; a mãe ralhou, aspergindo-a com os borrifos de seu ramo bento de alecrim.