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Página:As Minas de Prata (Volume III).djvu/66

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Com pouco a menina, disfarçando, recolheu ao interior do albergue. Mas apenas sentiu-se fora das vistas maternas, pareceu criar asas. Correu ao quarto, atirou uma mantilha aos ombros, e esgueirou-se pelo caminho que conduzia à cidade. A voz de Vilarzito, que caminhava cantarolando a sua trova do Cid, deu-lhe voos aos pezinhos andaluzes. Em um fechar d'olhos estava com ele.

— Venha, meu querido.

— Aonde?

— À casa do senhor cura! respondeu a menina tomando-lhe o braço e arrastando-o.

— Para que, doçura minha?

— Para nos casar, maridito.

— Já?

— Neste momento!

— Não é cedo?

— Queira Deus que não seja tarde.

Chegaram ofegantes da corrida à porta do velho cura. Depois entrou afoitamente, não já pelo braço do rapaz, e sim puxando-o pela aba do jaleco.

— Senhor cura, valha-me V. Reverendíssima! exclamou a menina caindo de joelhos aos pés do sacerdote.