— Que lhe há sucedido, filha?
— Uma desgraça, a maior desgraça!... Só Deus no céu, e o senhor cura que é seu ministro na terra, me podem valer! Ai, de mim! Mísera que sou!
As lágrimas rebentavam e a voz soluçava chorando também.
— Mas fale, filha. Para tudo há remédio no céu, que a misericórdia do Senhor é infinita.
— Este cavalheiro, que aqui está presente... Não o vê, senhor cura, como está envergonhado?... Este monstro, que cavalheiro não é quem falta à fé jurada!... Oh! não!... E ele há faltado, como um mouro que fora!...
O sacerdote começava a compreender:
— Este monstro, senhor cura, me desgraçou! exclama enfim a menina escondendo o rosto na mantilha. Se não acho proteção nesta casa de Deus, vou-me daqui lançar ao rio!... Como terei ânimo de me apresentar a meu pai, neste estado!
Seguiu-se uma severa admoestação do sacerdote; e um quarto de hora depois os dois meninos saíam casados da sacristia. À porta, Dulcita lembrou-se de alguma coisa, e voltou só, para falar com o cura.
— Senhor cura, esqueci-me de perguntar a V. Reverendíssima