Página:As Minas de Prata (Volume IV).djvu/273

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porta do camarim, como costumava, para receber o santo que devia servir durante a noite.

— Vindes pelo santo, sargento?

— Às ordens, sr. ajudante.

— Vá em honra de vossa visita, D. José! disse o tenente. Achegai-vos sargento.

O inferior avançou dois passos medidos e cadenciados, e introduziu a cabeça entre os rostos dos dois jogadores para receber no ouvido a senha esperada. O tenente soprou-lha ao ouvido, mas de modo que o amigo pudesse ouvir distintamente a frase:

— São José nos guarde!...

Meia hora passada, o escaler do castelo largava para a ribeira tirado a seis remos de voga e levando a seu bordo os dois amigos; a tempestade corria já sobre a cidade, e a travessia foi difícil e trabalhosa; mas afinal venceram os vagalhões e abicaram à praia. D. José e seu convidado encaminharam-se dali à taberna do Brás, onde acharam reunidos e esperando os mais companheiros do bródio. Enquanto não chegava a hora da ceia marcada para o toque de recolher, deviam encher o tempo no jogo.

Ao entrarem todos para a casa da tavolagem, chamou mestre Brás ao alferes de parte, e apresentou-