— Então temos o que é necessário. Onde há um índio, há um arco.
— Precisais de um arco?
— Justamente!
Fogaça assobiou. As folhas rumorejaram, e o capim estaliu. Instantes passados uma bola despenhou-se do cimo de uma das árvores; um vulto saltou do lado; e uma sombra surgiu da terra. Eram os três sentidos do capitão de mato, o qual arrancando da mão de um deles o arco, deu-o a Estácio.
— Uma faca!... disse este.
— Serve esta?...
— Perfeitamente.
O mancebo diminuiu o tamanho da flecha por metade, e abriu junto à farpa uma racha bastante para aí passar o papel, que enrolou na seta. Cristóvão acompanhava em silêncio os movimentos do amigo; tendo já compreendido a sua intenção, esperava em ânsias o resultado da ideia, que aliás parecia-lhe impraticável. Também o capitão de mato inclinava-se a este parecer.
— Agora é preciso que nos aproximemos!... disse Estácio experimentando a corda do arco.
João Fogaça o deteve:
— Esperai!... Aqui é pouca toda a cautela.