— Filho, ide já deste passo ao Senhor Vaz Caminha, e dizei-lhe que careço de falar-lhe esta manhã mesmo. Não posso mais com isto. Quero saber de uma vez o que é feito de meu sobrinho. Se morto é, não me ocultem, declarem logo para que o chore à minha vontade e reze a Deus por sua alma.
O pajem dispara em pranto.
— Jesus!... Tu que choras, Gil, é que está morto mesmo! exclamou a velha chorando.
— Não, dona! Eu não sei nada! Ninguém sabe! replicou o menino soluçando. Ele foi-se e não voltou!...
— Leva o recado!... Hoje mesmo isto há de ficar deslindado.
O pajem parte ligeiro. Antes mesmo que a velha o incumbisse do recado, já ele tinha na tenção ir ao doutor, a quem desde a partida do amo via constantemente.
Vaz Caminha também está aflito com a demora do afilhado. Desde a madrugada em que Gil lhe viera bater à porta, para trazer-lhe o recado de Estácio, o velho advogado ficara em uma inquietação constante.
Por que meios se evadira Estácio do castelo? Desprezara ele,