O P. Molina quebrou o selo e leu rápido:
Padre-mestre. — Rogo-vos encarecidamente a graça de achar-vos nesta vossa casa de São José amanhã, segunda-feira, que se contam nove de fevereiro, antes da hora de meio-dia.
De V. Paternidade
um irmão reverente
D. Diogo de Mariz.
— Para que me quer ele?... E por que ao meio-dia antes do que a qualquer outra hora?...
O frade tornou a ler a carta, e interrogou a velha, da qual só colheu o que já sabia; que o provedor recolhera tarde voltando de palácio.
— O governador exigiu a entrega do roteiro; D. Diogo pediu tempo para refletir; o governador lhe concedeu, mas fê-lo guardar por cautela. O prazo expira ao meio-dia; ele me convida pois para prevenir-me da entrega que vai fazer do roteiro ao governador. Não é outra coisa.
Caminhando sempre, prosseguiu:
— Também é possível que ele pedisse prazo para poder livrar-se do depósito entregando-o a mim. Mas não! se assim fosse, não me diria — antes