A morte de Estácio e o extermínio da tripulação eram coisa fora de toda a dúvida. Mas o jesuíta, que fazia da audácia e inteligência do mancebo alto conceito, não admitiu a ideia de seu passamento senão depois de madura reflexão.
Inquiriu se apesar da catástrofe não seria possível que ele escapasse. Para admitir esse ponto era preciso supor que a explosão fosse voluntária e não acidental. Nesse caso, como acreditar que tantas pessoas se sacrificassem pela salvação de um papel?
A conclusão de toda a sua lucubração foi a seguinte:
— Sem dúvida, morto é; mas partamos sempre da suposição de que ainda viva.
Abriu então o visitador seu breviário, e começou a ler a última folha, ocupação a que se dava constantemente desde a partida de São Sebastião. Nessa folha, cumpre não esquecer, tinha ele copiado um trecho da memória do insigne cronista da Companhia, o P. Manuel Soares.
É esta a ocasião de referir a pouca notícia que nos chegou a respeito de tão importante escrito, infelizmente perdido com dano do real erário, das letras pátrias, e da fama de seu autor, que