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Página:As Minas de Prata (Volume V).djvu/284

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— Tendes o direito a essa felicidade por que almejais. Ide pois em busca dela, Estácio. Amanhã espero que D. Fernando de Ataíde tenha desligado de sua palavra a D. Francisco; logo que isso suceda, podeis apresentar-vos em casa do fidalgo.

— Abreviai o mais possível.

— Até lá ocultai-vos, que não saiba o governador de vossa chegada. Não torneis aqui.

— Onde vos verei?

— Procurai na Rua de Santa Luzia uma casa que ali há de terraço e cercada de um bananal. É a única. Entrai afoitamente e procurai D. Marina de Peña, de minha parte. Lá me esperareis!

— Até lá, mestre!

— Deus vos acompanhe!

Estácio encaminhou-se à porta; mas o advogado o reteve um instante enquanto com o olhar sondava a rua. Nada aparecia de suspeito; o mancebo pois subiu a rua com passo seguro e ligeiro. Mal tinha ele andado uma toesa, descobriu um vulto que se movia diante na sombra; tirou a espada da bainha, sobraçou-a por cima da capa, e continuou tranquilo seu caminho. Ao sair no Largo da Sé,