sua ausência durante tanto tempo; deviam gerar graves suspeitas a seu respeito. Felizmente ele tinha provas irrefragáveis não só de sua inocência, como dos importantes serviços prestados ao Estado; e pois aguardou com serenidade de espírito o momento de ser interrogado.
A posição do infeliz mancebo era porém mais crítica do que ele supunha.
Os contrabandistas, que tinham ficado na praia sob a guarda de Japi e foram pela manhã recolhidos ao Presídio de Santa Luzia, julgavam-se completamente perdidos; mas apenas levados à presença do governador, que os interrogou como quem ignorava completamente o acontecido e lhes pediu a explicação do estranho caso de serem achados estendidos sobre a areia, atados de pés e mãos, o instinto da conservação inspirou-lhes a defesa. Deram-se como inocentes pescadores chegados à noite, que estavam a dormir em um barco a pequena distância da praia, esperando o dia para fazerem suas avenças, quando foram assaltados por uns vultos, que os puseram naquele estado e se apoderaram da chalupa. Entre estes tinham eles reconhecido gente flamenga.
O conto era verossímil, e coincidia perfeitamente com a parte que chegava do Castelo de Santo