do que outras que amam sem esperanças no segredo de sua alma!...
— Por que motivo?... disse Inesita estremecendo.
— Por quê?... Essa que ama sem esperança é livre, e pois tem na sua desventura o supremo consolo de pertencer-lhe eternamente. Vós, amada, sereis unida a outrem, e haveis de sofrer o maior suplício que é possível infligir à mulher!... Quem sabe mesmo se o afeto dele não se tornará em desprezo!...
— Não vos compreendo! disse Inesita calma e tranquila.
— Pois não estais prometida a D. Lopo de Velasco?
— Estou.
— E as bodas não terão lugar?
— Quem sabe quando?
— Um dia... Nesse pois vos conduzirão ao altar?
— Em meu pai o ordenando.
— E sereis esposa de outrem!...
— Não o serei jamais senão daquele que amo e venero como já desposado por esta minh'alma! disse Inesita com serena firmeza.