Página:As Minas de Prata (Volume VI).djvu/180

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se inclinava em face da moça, essa murmurou com um olhar de exprobração:

— Era para isso que me mandastes ter esperança, Sr. D. Cristóvão?...

— A nova surpreendeu-me como a vós, mas não está ainda tudo perdido.

— Que resta?

— Em nome de Estácio, senhora, vos digo e mando que espereis até o último instante, até que eu ou ele próprio remeta à sorte a missão de salvar-vos!

— Eu lhe prometi! Esperarei, mas sem confiança!...

— Talvez não mais tarde que amanhã ela renasça em vosso coração.

Cristóvão abreviou sua visita e partiu logo sem esperar por D. Francisco.

— É chegado o momento! disse ele.

De volta à casa, fez selar o seu melhor cavalo, e saltando ligeiro na sela, partiu a galope na direção do Brejo, cujo caminho atravessou com a rapidez de uma seta. Uma hora decorrida, apeava na porta da quinta de D. Lopo de Velasco.

O comendador o recebeu com a cordialidade usada entre fidalgos.