taram-se todos. Era Tom-Mix que entrava. O cowboy correu os olhos pela sala. Logo que deu com Narizinho, dirigiu-se para ella, dizendo:
— Recebi o recado, princeza, e aqui estou ás vossas ordens!
— Que fim levou o marquez? perguntou a menina com ansiedade, pois nada sabia do que se passara. Está vivo ainda ou...
— Vivissimo, senhora princeza! A estas horas já deve estar atacando a segunda abobora...
— Muito bem! exclamou Narizinho, alliviada dum grande peso. Quero agora, senhor Tom-Mix, que me arranje uns burrinhos de carga para levar um pouco de mel e cera para vovó.
Tom-Mix retirou-se para cumprir a ordem, emquanto a menina se dirigia de novo á rainha.
— Senhora rainha, disse ella, poderá Vossa Majestade dar ordem á sua cozinheira para me fornecer um tostão de mel?
— Darei o mel e a cera que quizer, respondeu a rainha sorrindo; quanto ao tostão, guarde-o para você, que aqui entre nós não tem o menor valor o dinheiro dos homens. Alli naquella sala é o deposito de mel. Vá lá e tire quanto quizer.
A menina agradeceu a gentileza e retirou-se para a tal sala com a boneca.
Tudo tão bem arrumadinho! Potes de cera cheios de mel em quantidade, todos iguaes, com tampinha tambem de cera.
— Querem mel? perguntou logo uma abelha de avental muito limpo que tomava conta daquella repartição.
— Queremos, sim, senhora! Mel e cera.
— De que qualidade?
— Ha de muitas qualidades?
— Temos aqui mel de flores de laranjeira, mel de flores de jaboticabeira lá do sitio de dona Benta e temos mel mil-flores, colhido de todas as flores do campo.