queada no passeio ao Reino das Abelhas e Narizinho havia concertado uma das suas sobrancelhas de retroz, que estava desfiando. Além disso, pintara-lhe nas faces duas rodelas de carmin, bem redondinhas.
Emilia não se mostrava disposta a casar. Dizia sempre que não tinha genio para aturar marido, além de que não via lá pelo seu sitio ninguem que a merecesse.
— Como não? protestou a menina. E Rabicó? Não acha que é um bom partido?
A boneca ficou indignada e declarou que jamais se casaria com um poltrão daquella marca. O fiasco feito por elle na viagem á terra das Abelhas não era coisa que merecesse perdão.
A menina riu-se e explicou:
— Você está enganada, Emilia. Elle é porco e poltrão só por emquanto. Estive sabendo que Rabicó é principe dos legitimos, que uma fada má virou em porco e porco ficará até que ache um anel magico escondido na barriga de certa minhoca. Porisso é que vive Rabicó fossando a terra atraz de minhocas.
Emilia ficou pensativa. Ser princeza era o seu sonho dourado e se para ser princeza fosse preciso casar-se com o fogão ou a lata de lixo, ella o faria sem vacillar um momento.
— Mas você tem certeza disso, Narizinho?
— Tenho certeza absoluta! Quem me revelou toda essa historia foi justamente o pae de Rabicó, o senhor Visconde de Sabugosa, um fidalgo muito distincto que vem fazer o pedido de casamento.
— Visconde? exclamou Emilia desconfiada. Então o pae desse principe é visconde só? Eu quero casar com principe filho de rei.
— Você é uma bobinha que não sabe nada. O visconde finge de visconde, mas na realidade é rei e muito bom rei de um reino lá atraz do morro. Quando elle vier, repare na cabeça delle e veja que tem um signal de corôa em redor da