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Página:As asas de um anjo.djvu/101

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CENA VIII

OS MESMOS, JOSÉ E ANTÔNIO.

JOSÉ (na porta.) – Ponha-se na rua! Não achou outro lugar para cozinhar a bebedeira?

ANTÔNIO (da parte de fora.) – Quero beber... Vinho... compro com o meu dinheiro. Eh! lê! Meia garrafa, senhor moço!...

JOSÉ (empurrando-o.) – Vá-se embora, já lhe disse.

MENESES – Que barulho é este, José?

JOSÉ – É um bêbado! Achou a porta aberta, entrou, e agora quer por força que lhe venda meia garrafa de vinho.

ARAÚJO – Pois mata-lhe a sede.

JOSÉ – Se ele já está caindo.

ANTÔNIO (cantando.)

Mandei fazer um balaio
Da casquinha dum camarão!...

JOSÉ (empurrando-o.) – Nada! Ponha-se no andar da rua.

CAROLINA – Deixe-o entrar; talvez nos divirta um pouco. Estou triste!